logo

Representatividade feminina nos espaços de poder é tema de encontro realizado pelo IDAMS e TCE/MS

Evento aconteceu dia 13 e debate colocou em discussão a necessidade de mais mulheres ocupando cargos de liderança



Conselheiras de Tribunais de Contas, procuradoras do Estado, auditoras, delegadas, militares e representantes de autarquias, participaram do encontro Liderança Feminina no dia 13 realizado pelo Instituto de Direito Administrativo de Mato Grosso do Sul (IDAMS) em parceria com o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE/MS).

Para o presidente do IDAMS, João Paulo Lacerda, esse foi um dos poucos eventos em MS que discutiu de forma profunda o lugar da mulher nos espaços de poder. “O IDAMS fica muito realizado com a organização desse evento, pois várias autoras da sociedade discutiram temas relevantes do papel da mulher nos espaços de poder democrático de direito. Hoje o IDAMS é plural e nós vamos continuar avançando nessas pautas. Além de tudo isso, é importante ter uma boa relação institucional para colocarmos em prática todas nossas ações”, detalha.

Conforme o presidente do TCE/MS, conselheiro Jerson Domingos, o evento foi uma abertura para as mulheres colocarem em discussão todas as conquistas realizadas ao longo deste ano. “As conquistas são inúmeras e eu reconheço a grandeza e importância das mulheres na nossa sociedade. A mulher deve ter um reconhecimento de formas diferentes, como de colaborar com a nossa sociedade. Em busca de espaço, não numa competitiva com o homem, pelo contrário, na igualdade de desenvolver um trabalho que a sociedade espera de todos nós. O TCE/MS está de portas abertas para esses tipos de eventos”, detalha.

A conselheira Susana Maria Fontes Azevedo Freitas, do TCE de Sergipe, falou que a participação feminina nos Tribunais de Contas ainda deixa muito a desejar, já que 68% dos cargos de chefia no controle externo são ocupados por homens. “A luta pela equidade e igualdade no ambiente de trabalho é constante, as mulheres precisam assumir mais os cargos de direção porque são cargos de decisão. Temos que lutar não somente pelas servidoras dos tribunais de contas, mas também pela composição de seus colegiados, porque o número de mulheres compondo as mesas diretivas ainda é muito pequeno”, explicou a conselheira, que ainda completou.

A primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, ressaltou que a iniciativa do encontro é importante para que a mulher tenha uma representatividade maior em todos os setores. “Este evento aqui hoje nos mostra mulheres empoderadas, com poder e cargos de decisão. Propor esse debate é propor um olhar para as mulheres de toda a sociedade para que elas possam também se inspirar nas mulheres que estão aqui debatendo e propondo soluções para o assunto”.

Para a procuradora de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Ariadne Cantú, a mulher precisa ‘ser e estar’. “Muitas vezes ela precisa ser encorajada para que isso aconteça. Nossa trajetória é de construção, e a mulher se vendo em outra que é capaz de ter espaço no mundo do poder, ela encoraja outras mulheres para construírem uma nova realidade, com cada vez mais participação nesse universo”, detalha.

Neca Chaves, diretora da Faculdade Insted e presidente Estadual do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura Empreendedora, explica que as mulheres precisam ser inspiradas. “Participar desses encontros faz com possamos crescer e avançar nas políticas públicas para as mulheres e que ela possa empreender, por exemplo. A educação é importante para que as mulheres possam crescer e ocupar os espaços. A formação e conhecimento são os caminhos para que as mulheres possam avançar e ocupar os seus espaços de liderança”, salienta.

A secretária municipal de meio ambiente, e vice-presidente do IDAMS, Kátia Sarturi, ressaltou que toda a sociedade depende da mulher, mas que infelizmente, a realidade na ocupação dos cargos ainda é muito diferente.

“O problema é estrutural de comando, se para a sociedade ser formada depende da mulher, como explicar que o decorrer e a tomada de decisões mais importantes para a sociedade não têm a participação da mulher? Isso revela uma falha, um desequilíbrio de tudo o que temos na sociedade, a mulher precisa tomar posse de comando, para que a sociedade seja mais justa”, explicou Kátia Sarturi.

Fonte: Jornal a Crítica. 

 

Top